lunes, 13 de julio de 2009

Profundidade* das Termópilas - Traducción de João J. Cardoso, Portugal

Há uma chuva que se enremoinha lentamente

ameaça e cai por fim

com a força de milhares, intensamente inevitável

todo o peso da transparência

num assobio

que vai ensurdecendo o vento

numa profundidade

que chega

às raízes das sumaúmas**

no percorrer de um rio tumultuoso.

.

Há uma chuva que trespassa a terra

e alimenta

o romper das árvores novas,

de bosques subterrâneos emergindo

de ossos que retomam

a figura primeira de homens e mulheres andando.

.

Há uma chuva

que esborrata os uniformes

encurrala, agita e lava o corpo,

amansa,

ordena,

cobre o céu

para que lutemos

debaixo da sua sombra.

.

Fabricio Estrada, poeta hondurenho,versão minha a partir do poema original publicado na sua Bitacora del Parvulo


*Em castelhano: Hondura
**“A sumaúma (Ceiba pentandra, da família Bombacacea) foi para os índios da América Central a árvore-da-vida.”

from → animais de estimação, honduras


Gracias Joao! Solidaridad como la tuya rompe el cerco y, contrario al odio que los golpistas nos quieren adosar como motivación, esta solidaridad nos vuelve más claros y nos ayuda a señalar la barbarie velada de los comodos.

Obrigado!

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